Minha experiência usando o app Notion por 30 dias

O que descobri ao testar o Notion por um mês na organização diária

O Notion é uma plataforma digital de organização pessoal e profissional que reúne, em um único lugar, recursos como anotações, listas de tarefas, calendários, bancos de dados, wikis e muito mais. Sua proposta é ser um sistema tudo-em-um, permitindo que o usuário crie e conecte diferentes tipos de conteúdo de forma altamente personalizada. Com uma interface limpa e blocos modulares, o Notion se adapta a diversas rotinas e estilos de trabalho.

Decidi testá-lo por 30 dias como parte de uma busca por mais eficiência na organização das minhas atividades diárias. Já havia experimentado outros aplicativos, mas sentia falta de uma solução que centralizasse todas as minhas anotações, planejamento de conteúdo, projetos e tarefas em um só ambiente. O Notion surgiu como uma alternativa promissora, especialmente por sua flexibilidade e variedade de templates.

O objetivo deste artigo é compartilhar minha experiência real com o uso intenso do Notion durante esse período. Ao longo do texto, descrevo como utilizei seus principais recursos, o que funcionou bem na prática, os desafios encontrados e se a ferramenta realmente contribuiu para tornar minha rotina mais produtiva e organizada.

Como integrei o Notion à minha rotina

Minha rotina diária envolve uma combinação de tarefas profissionais, estudos contínuos e projetos pessoais. Divido meu tempo entre produção de conteúdo, organização de ideias para o blog, leitura de livros e cursos online. Isso exige um sistema de organização que seja confiável, flexível e acessível tanto no computador quanto no celular. Antes de conhecer o Notion, eu utilizava uma combinação de aplicativos como Google Keep para anotações rápidas, Trello para organização de tarefas e o Google Docs para textos mais longos e planejamentos.

Aos poucos, percebi que o uso fragmentado dessas ferramentas dificultava a visão geral dos meus projetos e me fazia perder tempo alternando entre elas. Foi nesse contexto que decidi fazer a transição para o Notion, buscando uma forma mais integrada de manter tudo em um único ambiente. A migração aconteceu de forma gradual: comecei centralizando as anotações que estavam espalhadas em vários lugares e, em seguida, trouxe meus checklists e planejamentos semanais para dentro da plataforma.

Nos primeiros dias, foquei na configuração do meu espaço de trabalho. Criei uma página principal com links para as áreas mais importantes da minha vida digital: tarefas, conteúdo, estudos e projetos pessoais. Com o uso de ícones, divisórias e emojis, consegui montar uma estrutura visualmente agradável e funcional. Também testei alguns templates prontos da própria galeria do Notion e adaptei outros de criadores da comunidade, ajustando tudo às minhas necessidades específicas.

Essa primeira fase de adaptação foi essencial para entender como o Notion funciona e como ele poderia realmente me ajudar. Em pouco tempo, percebi que a ferramenta tinha potencial para substituir várias outras e centralizar tudo que eu precisava em um só lugar.

O que mais me impressionou no Notion

Entre os diversos recursos oferecidos pelo Notion, o que mais chamou minha atenção logo nos primeiros dias foi a flexibilidade na criação de páginas e bancos de dados. É possível construir desde simples listas de tarefas até sistemas completos para gerenciamento de projetos, tudo dentro de uma estrutura visualmente organizada e lógica. Cada página pode conter outras páginas internas, criando um sistema hierárquico muito útil para quem precisa de profundidade sem perder a organização.

Outro ponto de destaque é o visual limpo e minimalista da interface. O design contribui para uma experiência sem distrações, o que facilita a concentração na tarefa executada. A possibilidade de personalizar o espaço com ícones, capas, divisores e blocos coloridos permite que cada usuário molde sua área de trabalho de acordo com suas preferências, mantendo o equilíbrio entre estética e funcionalidade.

A integração entre diferentes tipos de conteúdo também surpreende. Dentro de uma única página, é possível adicionar texto, checklists, embeds de vídeos, links externos, arquivos, códigos, planilhas e muito mais. Além disso, os blocos podem ser reorganizados com facilidade, o que permite uma construção dinâmica e intuitiva das informações. Essa versatilidade transformou o Notion em uma verdadeira central de organização na minha rotina, substituindo diversas ferramentas isoladas por um único ambiente conectado e coerente.

Principais usos que desenvolvi ao longo dos 30 dias

Durante os 30 dias de uso intenso do Notion, fui descobrindo maneiras práticas de aplicar seus recursos às necessidades reais do meu dia a dia. Um dos primeiros usos que desenvolvi foi a organização de tarefas com listas de afazeres e calendário. Criei uma página exclusiva para gerenciamento diário, onde cada dia da semana possui uma seção com tarefas divididas por prioridade. Também utilizei o calendário embutido para visualizar prazos e compromissos, o que me ajudou a manter uma visão clara do que precisava ser feito em curto e médio prazo.

Outro ponto forte foi a centralização de anotações e projetos. Antes, minhas ideias estavam dispersas em vários aplicativos e arquivos. Com o Notion, reuni tudo em um único local. Desde esboços de artigos para o blog até resumos de livros e cursos, passei a registrar tudo em páginas organizadas por temas e categorias. Essa centralização facilitou o acesso às informações e reduziu o tempo gasto procurando conteúdos antigos.

O planejamento de conteúdo e da rotina semanal também ganhou um novo formato. Criei um espaço voltado para a gestão de posts, onde cada item possui status, datas, palavras-chave e observações. Ao lado disso, mantenho uma visualização semanal das minhas atividades, o que me permite equilibrar compromissos pessoais, trabalho e tempo para criação.

Durante esse processo, adaptei alguns templates prontos e criei outros do zero para atender minhas preferências. Entre eles, destaco um painel de planejamento semanal, uma base de dados para projetos em andamento e um espaço de referência com links úteis e materiais de consulta. Esses templates se tornaram parte essencial do meu fluxo de organização e podem ser facilmente ajustados conforme novas necessidades surgirem.

Pontos positivos observados no uso intenso

Após 30 dias utilizando o Notion de forma contínua e integrada à minha rotina, notei ganhos concretos em produtividade e organização. Um dos principais benefícios foi o aumento da clareza nas tarefas do dia a dia. Ao concentrar todas as atividades em um sistema visualmente estruturado, consegui manter o foco no que realmente precisava ser feito. A organização por blocos, listas e bancos de dados me permitiu definir prioridades com mais facilidade e reduzir a sensação de sobrecarga.

Outro ponto positivo foi a redução significativa no uso de múltiplos aplicativos. Antes do Notion, eu alternava entre diferentes ferramentas para gerenciar tarefas, anotar ideias, acompanhar cronogramas e salvar links importantes. Com a centralização oferecida pelo Notion, pude eliminar essa fragmentação e simplificar minha rotina digital. Tudo passou a funcionar dentro de um único ambiente, o que economizou tempo e tornou o processo mais fluido.

A facilidade para revisar o que foi feito ao longo da semana também se destacou. Utilizando páginas de resumo semanal, pude acompanhar meu progresso, identificar padrões de produtividade e ajustar minha rotina quando necessário. Essa prática se mostrou útil não apenas para manter o controle das tarefas concluídas, mas também para refletir sobre como tenho usado meu tempo e fazer melhorias contínuas no meu planejamento.

Limitações e desafios encontrados

Embora a experiência com o Notion tenha sido amplamente positiva, também encontrei algumas limitações e desafios que merecem destaque. Um dos primeiros obstáculos foi a curva de aprendizado inicial. Por ser uma ferramenta altamente personalizável e cheia de possibilidades, o início pode parecer confuso para quem está acostumado com soluções mais simples ou estruturadas. Levei alguns dias para entender como organizar as páginas de forma funcional e evitar criar um sistema mais complexo do que o necessário.

Outro ponto que percebi foi o desempenho em dispositivos móveis. Embora o aplicativo para celular seja funcional, senti que a navegação e a edição de conteúdos mais estruturados, como bancos de dados e páginas com muitos blocos, não oferecem a mesma fluidez da versão para desktop. Em alguns momentos, a experiência se tornou lenta ou limitada, exigindo ajustes no uso para tarefas rápidas no celular e edições mais elaboradas no computador.

A falta de recursos nativos offline mais robustos também representou um desafio. Em situações sem acesso à internet, o uso do Notion fica bastante restrito. Algumas páginas são acessíveis offline se já estiverem abertas, mas não há uma sincronização completa ou confiável nesse modo. Para quem precisa de acesso constante e edição em tempo real mesmo sem conexão, essa limitação pode impactar diretamente na produtividade.

Comparativo breve com outras ferramentas que já utilizei

Antes de adotar o Notion como principal ferramenta de organização, utilizei por um bom tempo soluções como Trello, Evernote e Google Keep. Cada uma delas cumpriu bem seu papel em determinado momento, mas todas apresentaram limitações que me levaram a buscar uma alternativa mais completa.

O Trello sempre foi útil para organização visual de tarefas em formato de quadros. Usei por bastante tempo para gerenciar projetos e etapas de produção de conteúdo. No entanto, senti que a ferramenta se tornava limitada quando o objetivo era adicionar informações mais complexas, como textos longos, links de referência ou anotações em profundidade. A estrutura baseada apenas em cartões não se adaptava bem às minhas necessidades mais amplas.

O Evernote me serviu como repositório de anotações e ideias por vários anos. Sua capacidade de busca e organização por cadernos era eficiente, mas a interface começou a parecer engessada com o tempo. A ausência de recursos mais dinâmicos, como blocos arrastáveis ou bancos de dados interativos, tornou a experiência menos fluida em comparação ao que passei a encontrar no Notion.

Já o Google Keep sempre foi minha ferramenta favorita para anotações rápidas. Ele é leve, prático e sincroniza bem entre dispositivos. No entanto, quando o volume de informações aumentava, faltavam opções de categorização mais avançadas, o que tornava a gestão do conteúdo um pouco caótica.

O que fez o Notion se destacar foi justamente sua capacidade de unir o que cada uma dessas ferramentas oferece, adicionando uma camada de personalização e integração que nenhuma delas entrega isoladamente. Com o Notion, posso ter quadros como no Trello, textos como no Evernote e listas simples como no Google Keep, tudo em um só lugar, interligado de forma lógica e personalizável. Essa centralização inteligente e flexível foi o diferencial que consolidou o Notion como minha principal plataforma de organização.

Minhas configurações e templates favoritos

Durante os 30 dias de uso intenso do Notion, experimentei diversos templates e acabei adaptando alguns deles às minhas necessidades específicas. Um dos que mais utilizei foi o template de planner semanal, no qual criei uma visualização tipo agenda com seções para cada dia da semana. Ali organizei tarefas, compromissos e lembretes pessoais, o que facilitou bastante minha rotina. Outro template essencial foi o de gestão de conteúdo, com uma base de dados onde cada post tem campos como status, tema, data programada, palavras-chave e anotações. Com ele, consegui planejar e acompanhar a produção de artigos com mais controle e clareza.

Para personalizar meu espaço de trabalho, optei por uma estrutura enxuta, mas funcional. Criei uma página principal com ícones e divisores que funcionam como atalhos para áreas específicas: tarefas, conteúdo, projetos, leitura e estudos. Dentro de cada área, incluí subpáginas com visualizações diferentes, como listas, quadros e calendários, de acordo com o tipo de informação. Usei capas e emojis para tornar a navegação mais agradável, sem comprometer a objetividade. A hierarquia de páginas me ajudou a manter tudo agrupado de forma lógica, sem perder a estética.

Para quem está começando, minha dica é iniciar com poucos templates e ir ajustando conforme o uso. O excesso de páginas e funcionalidades pode causar confusão nos primeiros dias. Usar a função de duplicar templates da galeria do Notion ou da comunidade é uma ótima forma de aprender como os blocos funcionam. Outra recomendação importante é manter uma estrutura limpa, nomear bem as páginas e criar uma rotina mínima de revisão semanal, para evitar o acúmulo de informações soltas. Com o tempo, o espaço vai evoluindo naturalmente e se tornando cada vez mais eficiente.

Considerações finais após 30 dias de uso

O uso intenso do Notion durante 30 dias comprovou que ele é uma ferramenta que vale a pena manter como app principal de organização. A versatilidade e a possibilidade de personalização facilitaram o controle das tarefas e projetos, tornando a rotina mais produtiva e clara. A centralização das informações em um único ambiente reduziu o tempo perdido na troca entre diferentes aplicativos, o que agregou valor real ao meu dia a dia.

Recomendo o Notion para pessoas que buscam um sistema completo e flexível, ideal para quem precisa gerenciar múltiplas áreas da vida de forma integrada. É especialmente indicado para estudantes, profissionais criativos, gestores de projetos e qualquer pessoa que valorize organização detalhada e personalizável. Por outro lado, pode não ser a melhor opção para quem prefere ferramentas simples, com uso imediato e sem necessidade de configurar ou estruturar.

Os planos para o futuro incluem continuar explorando as funcionalidades do Notion, aprimorando os templates já criados e integrando a ferramenta a outras plataformas para otimizar ainda mais a produtividade. Pretendo também usar o Notion em projetos colaborativos, aproveitando seus recursos para trabalho em equipe. A intenção é consolidar o Notion como uma base sólida para acompanhar e desenvolver minhas atividades pessoais e profissionais a longo prazo.